A ligação de hidrogénio é também chamada de ponte de
hidrogénio e, como o próprio nome indica, envolve um átomo de hidrogénio. Na
realidade trata-se de um caso particular de interação dipolo-dipolo (entre
moléculas polares) que envolve um átomo de hidrogénio, e que requer condições
específicas para se estabelecer.
Há dois requisitos que se têm que verificar para que se
estabeleça uma ligação de hidrogénio. Por isso, nem todas as moléculas polares
que possuem hidrogénio apresentam a capacidade de estabelecer este tipo de
interação… o primeiro requisito que deve ser cumprido é a existência de um
átomo muito eletronegativo numa das moléculas. Quando digo “muito
eletronegativo” estou-me a referir a um dos 3 átomos mais eletronegativos –
oxigénio, azoto ou flúor. Este átomo vai funcionar como “aceitador” de
hidrogénio, pois derivado do facto de ser muito eletronegativo, vai ter uma
densidade eletrónica muito elevada sobre ele e, consequentemente, vai
apresentar carga parcial negativa. O segundo requisito que se tem que verificar
é a existência de um átomo de hidrogénio covalentemente ligado a um átomo muito
eletronegativo. Neste caso, este último funcionará como “dador” de hidrogénio,
sendo que o hidrogénio vai apresentar carga parcial positiva porque está ligado
a um átomo muito eletronegativo.
Portanto, o que ocorre é uma atração eletrostática entre as
cargas parciais opostas, estabelecendo-se a ponte de hidrogénio. Na bioquímica, as ligações de hidrogénio, tal como as restantes forças não covalentes, são muito importantes. O exemplo mais conhecido diz respeito à interação entre bases azotadas complementares
E já agora… apesar de já ter escrito isto noutro post, não
resisto a contar outra vez: ;)
Sabem como é que um eletrão se suicida?
Atira-se da ponte de hidrogénio!
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