A ligação iónica, também chamada de ponte salina, é, talvez,
de todos os tipos de ligações não covalentes a mais fácil de perceber. Como o
próprio nome indica, é uma interação que se estabelece entre iões, ou seja,
entre cargas positivas e negativas. Claro que na bioquímica o conceito de iões
é um pouco diferente, pois numa biomolécula (uma proteína, por exemplo),
podemos ter várias regiões com cargas totais positivas e/ou negativas. Para
isso acontecer basta que existam grupos funcionais ionizáveis…
Portanto, quando uma biomolécula apresenta uma região com
carga negativa (grupo carboxílico ou fosforilo, por exemplo), este pode
estabelecer uma interação eletrostática com uma região de uma biomolécula que
apresente carga positiva (por exemplo, grupo funcional amina ou imidazole).
Esta atração eletrostática que se estabelece entre as cargas opostas é que é a
ligação iónica.
É um tipo de interação que se estabelece entre moléculas
polares ou, pelo menos, entre regiões polares ionizáveis das biomoléculas. Como
exemplos, temos o caso de uma interação entre uma lisina e um glutamato no
interior de uma proteína, ou a interação entre o DNA e as histonas, entre
muitas outras…
Sem comentários:
Enviar um comentário