Desejo a todos os leitores do Mundo da Bioquímica um excelente Natal! :)
Este blogue tem como objectivo divulgar conceitos, informações, músicas, vídeos, jogos, cartoons, curiosidades, sobre temas relacionados com a bioquímica. Porque a Bioquímica não tem que ser incompreensível...
Páginas
- Página inicial
- Grupos funcionais
- Isómeros
- Interações não covalentes
- Hidratos de carbono
- Lípidos
- Proteínas
- Digestão das biomoléculas
- Glicólise e destinos do piruvato
- Ciclo de Krebs
- Respiração celular
- Via das pentoses
- Metabolismo do glicogénio e gluconeogénese
- Metabolismo dos ácidos gordos
- Metabolismo do colesterol
- Lipoproteínas
- Metabolismo dos aminoácidos
- Links de trabalhos dos meus alunos
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Frase célebre (27)
Para mim esta é a "lei fundamental" da ciência... :)
“Nalgum local, algo incrível está à espera de ser descoberto.” ― Carl Sagan
“Nalgum local, algo incrível está à espera de ser descoberto.” ― Carl Sagan
domingo, 14 de dezembro de 2014
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Música "The Science Love Song"
Para quem acha que a ciência não pode ser romântica...
Obrigado pela contribuição Suely! :)
sábado, 29 de novembro de 2014
sábado, 22 de novembro de 2014
A Química Orgânica da vida...
Há uma frase que eu digo algumas vezes nas minhas aulas que definem a minha interpretação do que é a vida...
"Nós não somos mais do que um conjunto de moléculas que sabem interatuar e consequentemente organizam-se em estruturas mais complexas."
É uma visão objetiva, fria dirão alguns, mas é a minha interpretação
daquilo que realmente somos. Claro que existem muitos fatores, muitas
variáveis que nós ainda não conhecemos, e por isso não controlamos.
Recentemente a astronomia deu mais um passo na elucidação desta relação entre a química, a física e as ciências biológicas, com a sonda Philae. Para os interessados ou simplesmente curiosos, aqui fica mais informação sobre o assunto:
Obrigado pela contribuição Vasco!
sábado, 15 de novembro de 2014
Aminoácidos (considerações gerais)
Os aminoácidos são moléculas que, do ponto de vista químico,
são caracterizados pela presença de 2 grupos funcionais diferentes. O próprio
nome já os refere: grupo amina e grupo carboxílico (que é o grupo ácido mais
relevante na bioquímica). Apesar de normalmente pensarmos em proteínas quando
ouvimos a palavra “aminoácido”, na realidade qualquer molécula que apresente
estes 2 grupos funcionais é um aminoácido.
Do ponto de vista funcional, os aminoácidos desempenham
várias funções relevantes no nosso organismo. Todas as nossas proteínas são
formadas a partir de diferentes combinações de um conjunto de 20 aminoácidos
diferentes, os chamados “aminoácidos standard”.
Esta é, na realidade, a função
mais conhecida dos aminoácidos, serem os blocos de construção dos milhares de proteínas
e péptidos que existem na Natureza. No entanto, resumir todas as suas funções a
esta é uma perspetiva muito redutora. Os aminoácidos desempenham muitas outras funções
fisiológicas importantes, tais como: são dadores de átomos de azoto para a
síntese de várias moléculas, como bases azotadas, outros aminoácidos,
poliaminas, grupo heme, …; entram na composição de alguns lípidos, como por
exemplo a fosfatidilserina; desempenham a função de neurotransmissores
(glutamato e glicina, por exemplo) ou são usados como precursores na síntese de
outros neurotransmissores (GABA, por exemplo); funcionam como veículos de
transporte de azoto na corrente sanguínea, sendo de destacar nesta função o
papel da glutamina e da alanina.
Na sua composição química, os aminoácidos standard
apresentam uma estrutura comum entre eles na maior parte dos seus
constituintes. Apresentam um carbono central, designado por carbono a, ao qual estão ligados o grupo amina e o
grupo carboxílico que os definem como aminoácidos. Como estes grupos estão
ligados ao carbono a, são muitas vezes
designados por a-amina e a-carboxílico, e os aminoácidos são referidos
como a-aminoácidos. Além destes grupos,
existe também um átomo de hidrogénio ligado ao carbono central. O 4º
substituinte é designado por grupo R ou cadeia lateral e é este que define a
identidade do aminoácido, pois todos os restantes componentes são comuns aos 20
aminoácidos. Em breve irei falar com mais detalhe sobre as propriedades deste
grupo R…
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Frase célebre (26)
Se soubéssemos o que estávamos a fazer, não se chamava investigação, não era?
sábado, 18 de outubro de 2014
domingo, 12 de outubro de 2014
terça-feira, 7 de outubro de 2014
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
domingo, 14 de setembro de 2014
Tripsina
A tripsina é uma protease digestiva produzida no pâncreas (é
um componente do suco pancreático, que é lançado no duodeno durante a
digestão). A sua função é clivar as proteínas da dieta, sendo que para isso vai
reconhecer aminoácidos com cadeias laterais básicas (lisina e arginina) e
clivar as ligações peptídicas nas quais eles estão envolvidos.
De forma a não
ser ativa no interior das células que a produzem (se tal acontecesse ela iria
começar a degradar as nossas próprias proteínas), é sintetizada sob a forma de
tripsinogénio. O tripsinogénio é o zimogénio da tripsina, sendo que um
zimogénio é uma forma inativa de uma enzima, caracterizada por possuir mais
aminoácidos do que aqueles que a enzima necessita para ser funcional. A ideia é
que esses aminoácidos adicionais bloqueiem a atividade catalítica (por exemplo,
impedindo o acesso do substrato ao centro ativo). Uma vez no intestino, o
tripsinogénio é clivado proteoliticamente por ação de uma enzima intestinal
designada enteropeptidase.
A partir do momento que uma molécula de tripsina se
torna ativa, ela própria pode começar a ativar (clivar proteoliticamente) todos
os outros zimogénios, não só da tripsina mas também da quimiotripsina,
carboxipeptidases e aminopeptidases. Portanto, a tripsina tem um papel central
na ativação das proteases digestivas, pelo que é indispensável garantir que
nenhuma molécula, em condições normais, adquira atividade catalítica no
interior das células. A primeira linha de proteção é a síntese da enzima sob a
forma de tripsinogénio. Adicionalmente, as células do pâncreas que produzem a
tripsina têm também uma segunda linha de proteção, que envolve a produção de
uma proteína inibitória, designada por inibidor pancreático da tripsina. Portanto, mesmo que espontaneamente uma molécula de tripsinogénio adquira atividade no interior das células, a presença deste
inibidor vai impedir que o mesmo exerça a sua função e, consequentemente,
comece a clivar as proteínas celulares e a ativar os outros zimogénios.
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
sábado, 9 de agosto de 2014
quarta-feira, 30 de julho de 2014
quinta-feira, 24 de julho de 2014
ATP sintase mitocondrial (características gerais)
A ATP sintase mitocondrial (F-ATP
sintase) é uma enzima que está localizada na membrana interna da mitocôndria e
cuja função está intimamente relacionada com a cadeia respiratória
mitocondrial. Devido a isso, há alguns autores que lhe chamam Complexo V, ainda
que a maioria não use esta nomenclatura. Pessoalmente, também acho que não se
deve chamar Complexo V, uma vez que os complexos são, na minha opinião, os
intervenientes no transporte dos eletrões, e esse processo termina no oxigénio
(no complexo IV).
Como o próprio nome sugere, a ATP sintase vai catalisar a
síntese de moléculas de ATP, através do processo de fosforilação oxidativa. Ou seja,
para se dar a fosforilação do ADP em ATP é necessário que ocorra uma oxidação,
que neste caso passa pela utilização de NADH ou FADH2 na cadeia respiratória
mitocondrial.
A reação geral de funcionamento do
ATP sintase é:
ADP
+ Pi → ATP
Esta reação é bastante endergónica, pelo que necessita de energia para
ocorrer. E de onde vem essa energia? Do gradiente de H+ criado durante o
funcionamento dos complexos da cadeia respiratória. Portanto, a energia
libertada durante o transporte dos eletrões é utilizada para criar uma
acumulação de H+ no espaço intermembranar, sendo que depois estes iões vão ter
tendência a regressar à matriz, e se o fizerem libertam energia. Essa energia é
que é utilizada para se produzir ATP. Neste contexto, a ATP sintase possui duas
subunidades distintas:
- subunidade Fo, que é uma subunidade transmembranar e que possui um poro,
através do qual os H+ regressam à matriz. Como curiosidade, o nome é Fo (e não
F ”zero”), pois a letra “o” deriva do facto desta subunidade se ligar à
oligomicina, que é um antibiótico.
- subunidade F1, que é a subunidade catalítica, responsável pela síntese de
ATP e localizada em associação com a face matricial da membrana interna da
mitocôndria. Paradoxalmente, esta subunidade apresenta atividade de ATPase
(hidrólise de ATP), quando isolada, mas quando em contacto com a membrana
interna da mitocôndria e, especificamente, com a subunidade Fo, apresenta
atividade de síntese de ATP.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Música sobre o sistema imunitário
A música Yankee Doodle serviu de inspiração ao Dr. Ahern para criar uma canção sobre o sistema imunitário.
Faça download da música aqui
The Immune Tune
Antigen presenting cells
Help to clear infection
And they help your thymocytes
Go through t-cell selection
Faça download da música aqui
The Immune Tune
Antigen presenting cells
Help to clear infection
And they help your thymocytes
Go through t-cell selection
Endocytose antigen
And then cross-present it
All to slow the illness down
Or possibly prevent it
Activate a CD8
This will help you be well
It will differentiate
To cytotoxic t-cell
Systems of immunity
Fusing with perfection
Thank Adaptive and Innate
For giving such protection!
sexta-feira, 4 de julho de 2014
domingo, 29 de junho de 2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
domingo, 22 de junho de 2014
Proteínas desacopladoras
As proteínas desacopladoras (do inglês UCP, uncoupling protein) são proteínas que,
como o próprio nome indica, vão desacoplar, ou seja, separar dois processos
que, em condições normais ocorrem associados um ao outro. Estou a falar do
transporte de eletrões ao longo da cadeia respiratória mitocondrial, e a
síntese de ATP. O que se passa é que, em condições normais, se um dos processos
parar, o outro também para. As UCP servem para que um processo possa ocorrer
mesmo na ausência do outro. Basicamente são proteínas da membrana interna da
mitocôndria que vão permitir que os H+ acumulados no espaço intermembranar
regressem à matriz sem atravessarem a ATP sintase.
Ou seja, vai continuar a
existir transporte de eletrões na cadeia respiratória, mas este processo já não
vai estar exclusivamente dependente da síntese de ATP. Quanto às diferentes
isoformas, a UCP1, também designada de termogenina, serve para produzir calor
no tecido adiposo castanho, contribuindo assim para a manutenção do calor
corporal de recém-nascidos e de animais que hibernam, por exemplo. A UCP2 é uma
proteína envolvida essencialmente na produção de calor no músculo; no
entanto, artigos científicos recentes têm sugerido que esta proteína pode
também ser importante para regular os níveis de espécies reativas de oxigénio
na mitocôndria. A UCP3 ainda não está tão bem caracterizada, mas pensa-se que
pode estar relacionada com a regulação dos níveis de espécies reativas de
oxigénio no músculo esquelético e no músculo cardíaco.
Subscrever:
Mensagens (Atom)