sábado, 1 de setembro de 2018

Hidratos de carbono – polissacarídeos

Os polissacarídeos são hidratos de carbono compostos por mais do que 10 monossacarídeos. Ou seja, são hidratos de carbono grandes, muitas vezes com estruturas complexas. Todos os resíduos de monossacarídeo que entram na sua composição estão ligados por ligações glicosídicas (podes ler mais sobre este tipo de ligações aqui).

São normalmente pouco solúveis ou mesmo insolúveis, devido à sua estrutura altamente estabilizada por interações intramoleculares. Do ponto de vista de comportamento redutor, como são moléculas grandes, normalmente não se fala em açúcar redutor, mas sim em extremidade redutora. Sendo assim, a extremidade que tiver o carbono anomérico livre (não envolvido numa ligação glicosídica) é considerada a extremidade redutora e a extremidade (ou extremidades) que apresentarem o carbono anomérico terminal envolvido numa ligação glicosídica, é chamada de extremidade não redutora.
Do ponto de vista estrutural, os polissacarídeos podem ser lineares ou ramificados, sendo que essa característica é muito importante, como é óbvio, para a sua função. O tipo de ligação glicosídica também muito variável, podendo ser do tipo alfa ou beta, e envolver diferentes carbonos dos dois monossacarídeos envolvidos. Além disso, podem ser classificados como homopolissacarídeos ou heteropolissacarídeos. Os primeiros são formados por um único tipo de monossacarídeo, enquanto os segundos apresentam pelo menos dois tipos de monossacarídeos diferentes na sua composição.
Do ponto de vista de função, há a destacar dois grandes grupos: os polissacarídeos de reserva, dos quais fazem parte o amido (vegetal) e o glicogénio (animal), por exemplo; e os polissacarídeos estruturais, que incluem a celulose (parede celular das células vegetais), peptidoglicano (parede celular das bactérias) ou glicosaminoglicanos, por exemplo.

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