O stress oxidativo é o grande pilar da teoria do
envelhecimento. Em jeito de brincadeira, digo muitas vezes nas minhas aulas que
nós envelhecemos porque temos o péssimo hábito de passar toda a nossa vida a
respirar oxigénio. Basicamente é o oxigénio que nos faz viver, mas também é ele
que nos mata aos bocadinhos, ou seja, que nos faz envelhecer…
E qual é a relação entre o oxigénio e o envelhecimento? A
resposta resume-se a duas palavras: stress oxidativo! Esporadicamente, há
moléculas de O2 que se transformam em espécies reativas de oxigénio, sendo que
a maioria é neutralizada pelas nossas defesas antioxidantes (mais informação sobre esse assunto aqui).
No entanto, há sempre algumas espécies reativas de oxigénio que conseguem
contornar as nossas defesas e, consequentemente, conseguem causar pequenos
danos nalgumas das nossas biomoléculas. Apesar de esses danos não terem muito
significado biológico, quando avaliados isoladamente, à medida que vamos
envelhecendo, os mesmos vão-se acumulando, e esses danos cumulativos começam a
traduzir-se pela perda de algumas funcionalidades. São exemplos a perda de
maleabilidade da pele, a rigidez articular, a perda de capacidade sensorial,
etc.
Sendo assim, tudo o que possa acelerar a nossa taxa
metabólica tem potencial de nos fazer envelhecer mais rapidamente, pois aumenta
a produção de espécies reativas de oxigénio. Neste contexto, é particularmente
evidente o efeito que o stress emocional tem! Por exemplo, pessoas que estejam
sujeitas a cargos e atividades de elevado stress, envelhecem a uma taxa muito
superior à daqueles que têm uma vida muito mais relaxada.
Por último, gostaria de deixar claro que o stress oxidativo
não é o único fator responsável pelo envelhecimento mas é, seguramente, um dos
principais, por isso se queremos envelhecer de forma mais lenta, temos que
garantir um adequado equilíbrio entre os pró-oxidantes e os anti-oxidantes!
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