Tudo é teoricamente impossível, até ser efetuado.
(Robert A. Heinlein)
Este blogue tem como objectivo divulgar conceitos, informações, músicas, vídeos, jogos, cartoons, curiosidades, sobre temas relacionados com a bioquímica. Porque a Bioquímica não tem que ser incompreensível...
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sábado, 23 de maio de 2015
terça-feira, 19 de maio de 2015
sexta-feira, 15 de maio de 2015
quarta-feira, 13 de maio de 2015
segunda-feira, 11 de maio de 2015
Respiração celular – ubiquinona
A ubiquinona, também chamada de coenzima Q, coenzima Q10,
ubidecarenona, Q ou Q10 é uma 1,4-benzoquinona hidrofóbica que pertence à classe
dos compostos isoprenoides (o número 10 em Q10 representa o número de unidades
de isopreno existentes na sua cauda). Foi inicialmente descoberta em 1957, e um
ano mais tarde a sua estrutura química foi descrita.
Tem propriedades antioxidantes, ou seja, tem a capacidade de
atuar em reações de oxidação-redução. Na realidade, a sua forma oxidada pode
aceitar 2 eletrões, passando à forma reduzida, designada de ubiquinol
(representada por vezes como QH2). Também pode existir num estado intermédio
(ubisemiquinona).
Esta capacidade redox torna-a útil na eliminação de radicais
livres, bem como em processos de transferência de eletrões. E é exatamente essa
a sua principal função no nosso organismo: é um dos componentes da cadeia
respiratória mitocondrial. Apesar de não pertencer a nenhum complexo da cadeia,
desempenha um papel fundamental no processo, pois aceita os eletrões
provenientes do complexo I ou do complexo II e entrega-os ao complexo III. Para
exercer esta função, a ubiquinona tira partido da sua elevada difusibilidade
membranar, que lhe permite difundir-se facilmente através da membrana interna
mitocondrial, e que é uma consequência do seu pequeno tamanho e caráter
hidrofóbico.
A ubiquinona está presente na maioria das células eucariotas, mais
concretamente na membrana interna mitocondrial. No entanto, encontra-se também
presente em menores quantidades na membrana de vários outros organelos, tais
como os peroxissomas, retículo endoplasmático ou lisossomas.
A síntese da ubiquinona partilha alguns passos com a síntese
do colesterol, nomeadamente até à produção de mevalonato. Trata-se de um
processo complexo, que utiliza pelo menos 12 enzimas, e que ocorre na
mitocôndria, retículo endoplasmático e peroxissomas. A síntese de ubiquinona
envolve a enzima HMG-CoA redutase, que é o principal alvo farmacológico das estatinas
(fármacos utilizados em contextos de excesso de colesterol no organismo, pois
inibem a síntese do mesmo). Consequentemente, um dos efeitos secundários da
utilização de estatinas é a diminuição da produção de ubiquinona.
sábado, 2 de maio de 2015
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