Este é um assunto que normalmente gera alguma confusão
quando eu o abordo nas aulas. O motivo é muito simples… muitos dos meus alunos
aprenderam que quando uma molécula de NADH cede os eletrões à cadeia
respiratória mitocondrial, formam-se 3 ATP, e quando é o FADH2 o dador de
eletrões, são produzidos 2 ATP. Quando eu nas minhas aulas digo que na
realidade são 2,5 ATP produzidos quando o dador de eletrões é o NADH, e 1,5
quando é o FADH2, são muitos os que fazem uma cara de intrigados. Já agora,
deixem-me só fazer uma correção a algo que é muito frequente eu ouvir. Não se
deve dizer que o NADH é convertido em 2,5 ATP, mas sim que leva à produção de
2,5 ATP, pois o NADH não é gasto no processo, apenas cede 2 eletrões. Mas
voltando ao rendimento energético… outra coisa que costuma causar confusão
quando eu digo que se produzem 2,5 ATP, é o facto de estar a falar de “meio
ATP”. Mas afinal como é que se produz “meio ATP”? E o que significa do ponto de
vista químico “meio ATP”? Na realidade é uma ideia estranha e confusa mas a
justificação é muito simples. Como é lógico, não e produz “meio ATP”, o que se
passa é que a energia libertada durante o transporte dos eletrões ao longo da
cadeia respiratória mitocondrial é suficiente para se produzir 2,5 ou 1,5 ATP
(consoante o dador dos eletrões é o NADH ou o FADH2, respetivamente). Como o
processo ocorre continuamente, o somatório da energia libertada por cada 2
dadores de eletrões é suficiente para garantir 1 ATP em conjunto.
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Obrigado pela excelente explicação.
ResponderEliminarAbraço
Olá Bernardo,
Eliminarobrigado pelo comentário.
Volta sempre! :)
olá, qual referência bibliográfica?
ResponderEliminarOlá Melina,
Eliminarnão tenho uma referência bibliográfica específica, pois estes textos eu escrevo com base no meu conhecimento (já li muitos livros de bioquímica diferentes). Mas encontra esta informação em qualquer livro de bioquímica.
Volta sempre! :)