Para se perceber o conceito de eletronegatividade tem que se
ter em consideração o seguinte… As moléculas são altamente dinâmicas, e os
eletrões encontram-se em constante movimento sobre os átomos que as constituem,
na chamada “nuvem eletrónica”. O movimento dos eletrões sobre os átomos vai ser
condicionado diretamente pelas características dos mesmos. Ou seja, se um átomo
tiver uma maior capacidade de chamar a si a nuvem eletrónica, os eletrões
vão-se localizar predominantemente sobre ele. A eletronegatividade diz respeito
exatamente a essa capacidade. Portanto, quanto mais eletronegativo for um
átomo, maior será a porção de nuvem eletrónica sobre ele. Como consequência, os
átomos mais eletronegativos têm tendência a ter cargas parciais negativas, pois
em cada instante vão existir mais eletrões sobre eles do que sobre os outros
átomos.
É esta assimetria que se cria na distribuição da nuvem
eletrónica que faz com que as moléculas sejam polares. Sendo assim, de uma
maneira geral, a presença de átomos com eletronegatividades diferentes numa
molécula faz com que a molécula se torne polar, ou pelo menos que a região onde
isso ocorre seja polar.
No caso concreto da bioquímica, uma vez que o carbono e o
hidrogénio apresentam eletronegatividades próximas, regiões de moléculas que
apenas contêm estes 2 átomos são apolares, enquanto que a presença de oxigénio,
azoto, flúor, fósforo, etc., tendem a tornar essa região polar.
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