O complexo piruvato desidrogenase é regulado principalmente através de dois mecanismos distintos: alosteria e modificação covalente reversível. Ambos podem atuar (e atuam, normalmente!) ao mesmo tempo, sendo que há moléculas (ativadores e inibidores) que intervêm nos dois processos simultaneamente.
Ativadores do complexo piruvato desidrogenase
- CoA – é um dos cofatores da enzima que aparece incorporado nos produtos (o piruvato é simultaneamente descarboxilado, oxidado e combinado com CoA). Ou seja, como se trata de uma molécula que vai reagir com o substrato, a sua presença ativa a enzima.
- NAD+ – tal como a molécula de CoA, o NAD+ é também utilizado na reação, parecendo nos produtos (sob a forma de NADH). Além disso, uma vez que o NADH pode ser utilizado para se sintetizar ATP (na respiração celular), onde é oxidado a NAD+, este último é um indicador de um estado energético baixo na célula. Por tudo isto, faz todo o sentido que esta molécula seja um ativador da oxidação do piruvato.
- Ca2+ (músculo) – o ião cálcio é um importante mediador de várias respostas celulares. Um dos processos onde intervém é na contração muscular. Portanto, sendo este ião um indicador da contração muscular, que é um processo que consome muito ATP, é vantajoso para as célula musculares poderem utilizá-lo simultaneamente como um ativador do catabolismo e, em particular, da oxidação do piruvato. Assim consegue-se que com o mesmo sinalizador o músculo entre em contração e ative o catabolismo.
- Piruvato – o piruvato é o substrato do complexo piruvato desidrogenase, portanto, faz todo o sentido que funcione como um ativador.
- Desfosforilação – na forma desfosforilada, o complexo piruvato desidrogenase é ativo.
Inibidores do complexo piruvato desidrogenase
- ATP – o principal objetivo do catabolismo é produzir energia, principalmente sob a forma de ATP. Se a célula já tiver ATP, ou NADH (que, conforme referi em cima, pode levar à produção de ATP), o catabolismo é inibido.
- Acetil-CoA – sendo o produto da reação, é lógico que tenha um papel inibitório no processo.
- Ácidos gordos de cadeia longa – alguns ácidos gordos, particularmente os de cadeia longa, funcionam como inibidores desta reação.
- Fosforilação – o complexo piruvato desidrogenase é inativado por fosforilação reversível.
seus textos são muito bons, porem senti fata de uma postagem com a regulação do ciclo de krebs!
ResponderEliminarOlá jocimar,
Eliminarinfelizmente ainda não tive tempo de colocar nenhum texto sobre a regulação do ciclo de Krebs, mas concerteza que esse será um dos assuntos abordados para breve aqui no blog.
Obrigado pela visita! :)
Fiz um exame de sangue há 2 semanas e minha Desidrogenase Láctica deu alterada.
ResponderEliminarFoi feita a Desidrogenase em soro com o método: cinética enzimática.
Os valores de referência eram 208 - 378 U/L.
A minha deu 141 U/L, ou seja, abaixo.
Já li em inúmeros sites que quando está abaixo não precisa se preocupar. Somente quando está alta ela pode indicar alguma doença.
Porém sinto um forte cansaço há meses. Fadiga, falta de memória irritabilidade, falta de concentração e insônia são alguns dos meus sintomas.
É possível que tudo isto esteja relacionado há uma desidrogenase baixa??? E se a resposta for afirmativa, o quê fazer para aumentá-la??
Se alguém com gabarito puder me responder ficarei extremamente agradecido!
Obrigado!
Olá Daniel,
Eliminarpelo que sei, é provável que não haja relação entre os seus sintomas e os níveis de atividade da desidrogenase lática. De facto o problema era se estes níveis estivessem elevados, pois isso muitas vezes é indicativo de problemas cardíacos, por exemplo. De qualquer das formas, eu não sou médico, pelo que sugiro que procure um médico, que de certeza o irá aconselhar em relação ao seu problema.
Obrigado pela visita! :)
Muito Obrigado sem duvida que todo o Blog é excelente.
ResponderEliminarTem sido uma preciosa ajuda no estudo da Bioquimica.
Parabens pelo trabalho efectuado!
Diogo Monteiro, estudante de Medicina Dentária
Olá Diogo,
Eliminarobrigado pela visita e pela mensagem. :)