Os monossacarídeos são as unidades estruturais de todos os
hidratos de carbono, são os seus blocos de construção (mais informações sobreesse assunto aqui).
Globalmente obedecem à fórmula química CH2On, ou seja, existe a proporção de o
equivalente a uma molécula de água (2 hidrogénios e 1 oxigénio) para cada
carbono, sendo por isso que surgiu o nome hidratos de carbono. No entanto,
existem também monosscarídeos que não obedecem a esta fórmula química, ou seja,
são monossacarídeos que surgem por modificação (bio)química dos monossacarídeos
originais. Essa modificação pode envolver a remoção de um ou mais átomos, ou a
mudança/alteração de grupos funcionais. Estes é que são os chamados derivados
de monossacarídeos, ou derivados de açúcar. Devido à sua elevada variabilidade,
não há grandes generalizações que se possam fazer em relação aos derivados de
monossacarídeos, pois as suas características físico-químicas dependem muito de
qual a modificação química que lhes deu origem, mas o objetivo é sempre o
mesmo: conferir propriedades novas a essas moléculas, propriedades que não
poderiam existir se se tratassem de monossacarídeos “puros”.
Não pensem que estes derivados de monossacarídeos são
moléculas muito raras, com funções específicas (apesar de alguns derem
exatamente isso). O derivado mais “famoso/conhecido” é a desoxirribose. Esta molécula deriva da ribose, através da
remoção de um átomo de oxigénio (daí o prefixo “desoxi”), sendo um elemento
fundamental para o DNA, entrando na composição de cada desoxirribonucleótido.
A
fucose é também um derivado
de monossacarídeo (neste caso da galactose) presente em glicoproteínas, sendo
por isso importante para a composição e função de glicoproteínas e
glicosaminoglicanos das células dos mamíferos, insetos e plantas. Quer a
desoxirribose que a fucose pertence à família dos desoxiaçúcares.
A glucosamina
e a galactosamina são
aminoaçúcares (monossacarídeos com um grupo amina), muito importantes como
blocos de construção de glicosaminoglicanos. Derivam da glucose e da galactose,
respetivamente.
Estes grupos amina podem ainda sofrer modificações adicionais,
originando, por exemplo, N-acetilglucosamina
ou N-acetilgalactosamina.
Outra família importante de derivados de monossacarídeos são
os derivados acídicos. Neste caso podemos ter dois tipos diferentes os ácidos –ónicos
e os ácidos –urónicos. Os primeiros surgem quando o grupo carbonilo de um
monossacarídeo é oxidado a grupo carboxílico. Se isso acontecer à glucose, por
exemplo, obtém-se o ácido glucónico.
Os segundos surgem quando é o último grupo hidroxilo da cadeia que sofre
oxidação a grupo carboxílico. Por exemplo, se glucose sofrer este tipo de
modificação, obtém-se o ácido
glucorónico. Estes derivados de açúcar são importantes constituintes de
glicosaminoglicanos, por exemplo.
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