Recentemente fiz um post sobre o stress oxidativo (podem lê-lo aqui),
no qual, naturalmente, dei algum destaque às espécies reativas de oxigénio. Ora
bem, hoje vou falar dos “bons da fita”, ou seja, dos antioxidantes…

- antioxidantes
exógenos, são aqueles que nós obtemos principalmente a partir da
alimentação;
- antioxidantes
endógenos, são aqueles que nós produzimos nas nossas células e que, em
condições normais, estão sempre presentes nas mesmas.
Outra classificação possível é a seguinte:
- antioxidantes
enzimáticos, que são enzimas que nós produzimos e que têm como função
eliminar as espécies reativas de oxigénio. Por exemplo, existe uma enzima,
designada por superóxido dismutase que catalisa a conversão de 2 aniões
superóxido, que são radicais livres), numa molécula de peróxido de hidrogénio
(que apesar de ser uma espécie reativa de oxigénio, não é um radical livre).
Outro exemplo é a catalase (podem ler mais sobre esta enzima aqui), que converte o
peróxido de hidrogénio em duas moléculas potencialmente inofensivas para as
nossas biomoléculas, a água e o oxigénio.

Dentro desta classe temos a
glutationa, por exemplo, que é um antioxidante endógeno muito importante para
os glóbulos vermelhos (e para outros tipos celulares…) e que reage com peróxidos,
sofrendo oxidação. Quando sofre oxidação, dimeriza com outra glutationa
oxidada. Também temos algumas moléculas que são antioxidantes exógenos,
nomeadamente a vitamina C e a vitamina E, que são antioxidantes muito
importantes para o nosso plasma e para as nossas membranas, respetivamente.
Atenção que há muitas vitaminas que não têm função antioxidante, ou seja, esta
característica não pode ser generalizada a todas as restantes. Existem também
vários antioxidantes que, não sendo indispensáveis para o nosso metabolismo,
contribuem para o seu bom funcionamento, pertencendo por isso à classe dos
compostos bioativos da alimentação. Os flavonoides ou o licopeno do tomate são
bons exemplos disso.
Portanto, se olharmos para as duas classificações,
facilmente se percebe que os antioxidantes exógenos são sempre não-enzimáticos,
e que os antioxidantes endógenos podem ser enzimáticos ou não-enzimáticos.
Independentemente da classe onde se inserem, são moléculas extremamente
importantes e se nós conseguirmos garantir um aporte adequado dos mesmos,
seguramente que estaremos mais preparados para lidar com o stress oxidativo.
Sem comentários:
Enviar um comentário