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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Eletronegatividade



Para se perceber o conceito de eletronegatividade tem que se ter em consideração o seguinte… As moléculas são altamente dinâmicas, e os eletrões encontram-se em constante movimento sobre os átomos que as constituem, na chamada “nuvem eletrónica”. O movimento dos eletrões sobre os átomos vai ser condicionado diretamente pelas características dos mesmos. Ou seja, se um átomo tiver uma maior capacidade de chamar a si a nuvem eletrónica, os eletrões vão-se localizar predominantemente sobre ele. A eletronegatividade diz respeito exatamente a essa capacidade. Portanto, quanto mais eletronegativo for um átomo, maior será a porção de nuvem eletrónica sobre ele. Como consequência, os átomos mais eletronegativos têm tendência a ter cargas parciais negativas, pois em cada instante vão existir mais eletrões sobre eles do que sobre os outros átomos.

É esta assimetria que se cria na distribuição da nuvem eletrónica que faz com que as moléculas sejam polares. Sendo assim, de uma maneira geral, a presença de átomos com eletronegatividades diferentes numa molécula faz com que a molécula se torne polar, ou pelo menos que a região onde isso ocorre seja polar.
No caso concreto da bioquímica, uma vez que o carbono e o hidrogénio apresentam eletronegatividades próximas, regiões de moléculas que apenas contêm estes 2 átomos são apolares, enquanto que a presença de oxigénio, azoto, flúor, fósforo, etc., tendem a tornar essa região polar.

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