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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Piada química

De um Químico apaixonado...
Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 1999.

Querida Valência:

Não estou a ser precipitado e nem desejo catalisar nenhuma reação irreversível entre nós os dois, mas sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por ti. Sabismuto bem que te amo. Posso assegurar-te de antimónio que não sou nenhum érbio e que trabário muito para ter uma vida estável.
Lembro-me de que tudo começou nurânio passado, com um arsênio de mão, quando atravessávamos uma ponte de hidrogénio. Tu estavas em um carro prata, com rodas de magnésio. Houve uma atração forte entre nós os dois, acertamos os nossos coeficientes, compartilhamos os nossos eletrões, e a ligação foi inevitável. Inclusivé depois, quando te telefonei, mesmo tomada de enxofre, respondeste carinhosamente:
"Protão, com quem tenho o praseodímio de falar?"
O nosso namoro é cério, estava índio muito bem, como se morássemos em um palácio de ouro, e nunca causou nenhum escândio. Eu brometo-te que nunca haverá gálio entre nós e até já disse quimicasaria contigo.
Espero que não estejas saturada, pois devemos procurar uma reação de adição e não de substituição.
Soube que a Inês te contou que eu te embromo: manganês cuidar do teu cobre e acredita níquel que te digo, pois sabe que eu nunca agi de um modo estanho. Caso algum dia te faça algum mal, eu sugiro que procures um avogrado e que me metais na cadeia.
Sinceramente, não sei por que é que estás a procura de um processo de separação, como se fóssemos misturas e não substâncias puras! Mesmo sendo um pouco volátil, o nosso relacionamento não pode dar errádio. Se isso acontecesse, irídio embora urânio de raiva. Espero que não tenhas tido mais contacto com o Hélio (que é um nobre!), nem com o Túlio e nem com os estrangeiros (Germânio, Polónio e Frâncio). Esses casos devem sofrer uma neutralização ou, pelo menos, uma grande diluição.
Antes de deitar-me, ainda com o candeeiro acésio, descálcio os meus sapatos e mercúrio no silício da noite, pensando no nosso amor que está acarbono e sinto-me sódio. Gostaria de deslocar este equilíbrio e fazer com que tudo voltasse à normalidade inicial. Sem ti a minha vida teria uma densidade desprezável, seria praticamente um vácuo perfeito. Tu és a luz que me alumínio e estou triste porque actualmente o nosso relacionamento possui pH maior que 7, isto é, está naquela base.
Valência, não sais do meu pensamento, em todas as suas camadas.

Abrácidos do:

Marcelantânio

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